No mês de conscientização da prevenção ao suicídio, o Setembro Amarelo, é fundamental ampliar o entendimento sobre as causas e os sintomas da depressão. Entre os vários fatores que podem desencadear ou agravar o problema, os desequilíbrios hormonais merecem destaque. Essas substâncias químicas afetam diretamente o funcionamento do corpo e, quando desreguladas, podem causar estresse, tristeza, fadiga e irritabilidade.
“Os hormônios são importantes para todas as funções corporais. Eles são os mensageiros químicos que coordenam os diversos processos metabólicos que ocorrem no corpo ao longo do dia e existem em um equilíbrio delicado. É importante entender que cada hormônio no corpo tem um nível ideal para manter o equilíbrio hormonal”, afirma a endocrinologista e consultora médica do Sabin Diagnóstico e Saúde, Larissa Figueiredo.
Um órgão fundamental neste tema é a tireoide, localizada na parte anterior do pescoço, responsável pela produção de hormônios, como o T3 (triiodotironina) e o T4 (tiroxina), que regulam o funcionamento de órgãos vitais, como coração, fígado, rins e cérebro. Dois distúrbios conhecidos do órgão são o hipertireoidismo (produção excessiva de hormônios) e o hipotireoidismo (produção reduzida), que podem ser tratados com reposição hormonal.
estrógenos (hormônios) no climatério e, posteriormente, na menopausa, são comumente gatilhos para depressão”, afirma. O climatério inicia por volta dos 40 anos.
O quadro pode ser similar no caso dos homens que passam pela andropausa, quando ocorre a diminuição da produção de testosterona, por volta dos 50 anos. “Há estudos que apontam que homens com níveis mais baixos de testosterona têm maior probabilidade de apresentar sintomas depressivos, como falta de energia e baixa autoestima”, explica.
Para a médica, a avaliação de todo o painel hormonal humano, incluindo aqueles associados ao sistema genital, “é extremamente importante na investigação dos quadros de distúrbios do humor como ansiedade e depressão”.