Segundo os números divulgados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), a região nordeste se destaca como um dos principais solos estratégicos para investimentos em saúde e relevância no cenário médico-hospitalar nacional contando com aproximadamente 111.223 médicos ativos, representando cerca de 19,3% do total de profissionais no país. No entanto, é importante observar que o Nordeste abriga 26,8% da população brasileira, o que indica uma densidade de 2,22 médicos por mil habitantes, abaixo da média nacional de 2,81.
“Há um descompasso evidente entre a presença de médicos e o tamanho da população na região. Isso, ao mesmo tempo em que representa um desafio, também escancara uma grande oportunidade de investimento e crescimentk”, afirma Matheus Reis, CEO da Back4You.
Esse polo é responsável por movimentar mais de R$ 7 bilhões por ano. São 14 mil médicos em atividade, cerca de 2 mil unidades de saúde e aproximadamente 70 mil empregos diretos e indiretos.
O panorama da saúde nos estados do Nordeste revela disparidades significativas na distribuição e densidade de médicos. Enquanto a Paraíba se destaca com a melhor razão médico/habitante da região (2,81 por mil habitantes), estados como Maranhão, Piauí e Alagoas enfrentam graves deficiências, com densidades que variam de 1,22 a 1,84.
A Bahia, embora tenha o maior número absoluto de médicos, sofre com forte concentração em Salvador. Pernambuco, por sua vez, abriga um dos maiores polos médicos do país, com mais de R$ 7 bilhões movimentados anualmente, mas ainda convive com desigualdades entre capital e interior.
Ao mesmo tempo, o cenário mostra outro lado da moeda: ainda há muitos espaços a serem ocupados, principalmente no interior e em municípios menores. Mesmo com o aumento do número de médicos nos últimos anos, o Brasil ainda enfrenta o desafio dos chamados “desertos médicos” – regiões onde o acesso a atendimento especializado é limitado ou inexistente.
Apesar desses desafios, Governos estaduais e o federal têm investido em programas de interiorização, formação de novos profissionais e incentivos à instalação da rede privada fora dos grandes centros urbanos. Exemplos como a Paraíba mostram que é possível ampliar o acesso com políticas direcionadas. Diante do crescimento do setor de saúde na região e do potencial de expansão da infraestrutura médico-hospitalar.
“Acreditamos que investir na saúde do Nordeste é uma forma concreta de promover desenvolvimento econômico com impacto social. A combinação entre estrutura já consolidada, espaço para crescimento e incentivos regionais cria um ambiente fértil para quem quer gerar valor de forma sustentável”, destaca Matheus.
A média nacional é de 2,8 médicos por mil habitantes, número abaixo de países como Chile e Argentina. E enquanto capitais como Brasília têm um número quatro vezes maior de médicos do que estados do Norte, como o Pará, quase 60% dos profissionais continuam concentrados nas grandes cidades.
Nesse contexto, o Nordeste surge como uma grande oportunidade para quem quer fazer a diferença. Investir na saúde da região é atender a uma demanda real, gerar impacto social e ainda participar do crescimento de um dos mercados mais promissores do país.