O aumento expressivo nos casos de COVID-19 no estado do Amazonas reacendeu o alerta entre autoridades de saúde e instituições públicas. Em menos de 30 dias, os registros da doença cresceram 550%, passando de 6 para 39 casos confirmados, segundo dados da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM). Em resposta, órgãos públicos da capital e do interior retomaram o uso obrigatório de máscaras faciais.
A primeira medida veio do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), que publicou uma portaria determinando que magistrados, servidores, estagiários, terceirizados e visitantes utilizem máscaras nas dependências dos fóruns e unidades administrativas. A norma também vale para comarcas do interior.
A Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam) seguiu a mesma direção. A Casa Legislativa anunciou que servidores com sintomas gripais devem usar máscaras, e voltou a disponibilizar testagens para COVID-19 no seu centro médico. O uso de álcool em gel e medidas de distanciamento também foram reforçados.
De acordo com a FVS, os grupos mais afetados nesta nova alta são idosos com 60 anos ou mais (28,8%) e bebês com menos de 1 ano (27,4%). Uma morte já foi confirmada em Manaus neste novo ciclo de infecção.
A secretária de Saúde do estado, Nayara Maksoud, reforçou que a vacinação continua sendo a principal medida de prevenção. “Pedimos que a população mantenha seu esquema vacinal atualizado, principalmente os grupos de risco. Também é essencial adotar cuidados como uso de máscara em locais fechados, higienização das mãos e evitar aglomerações”, declarou.
A Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM) alerta que o período entre março e maio é caracterizado pelo aumento na circulação de vírus respiratórios na região, o que pode agravar o cenário de contágio se medidas não forem respeitadas.
As autoridades não descartam a possibilidade de ampliar as restrições caso os números continuem a subir.