A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro definitivo da vacina contra a chikungunya desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica franco-austríaca Valneva. Este é o primeiro imunizante autorizado no Brasil para prevenção da doença, que tem se espalhado em diversas regiões do país.
A vacina, de dose única e baseada em vírus atenuado, demonstrou alta eficácia e segurança nos estudos clínicos. Em ensaio de fase 3 conduzido no Brasil com 750 adolescentes de 12 a 17 anos residentes em áreas endêmicas, 98,3% dos participantes mantiveram a produção de anticorpos após um ano da aplicação. Resultados semelhantes foram observados em adultos nos Estados Unidos, com 98,9% de imunogenicidade após seis meses.
A aprovação pela Anvisa foi baseada em dados robustos de eficácia e segurança, incluindo estudos publicados na revista científica The Lancet Infectious Diseases.
Com a autorização, o Instituto Butantan planeja disponibilizar a vacina para o Sistema Único de Saúde (SUS), ampliando o acesso da população brasileira à imunização contra a chikungunya. Além disso, há planos para exportar o imunizante para países de baixa e média renda, contribuindo para o controle global da doença.
A chikungunya é uma doença viral transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus, causando febre alta, dores intensas nas articulações e, em alguns casos, complicações crônicas. A introdução da vacina representa um avanço significativo na prevenção e no controle da doença no Brasil e em outras regiões afetadas.