A precariedade do saneamento básico no Brasil segue impactando diretamente a saúde pública. Em 2024, mais de 340 mil pessoas foram internadas devido a doenças relacionadas à falta de acesso à água tratada, esgoto e coleta de lixo, segundo dados do Ministério da Saúde.
As principais enfermidades associadas à falta de saneamento incluem infecções gastrointestinais, diarreias graves, hepatite A, leptospirose e dengue. Crianças e idosos estão entre os mais vulneráveis, sofrendo com complicações que podem levar até mesmo à morte.
Especialistas alertam que, além dos impactos na saúde, a ausência de infraestrutura sanitária sobrecarrega o Sistema Único de Saúde (SUS) e gera altos custos para o Estado. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, para cada R$ 1 investido em saneamento, há uma economia de até R$ 4 em despesas médicas.
Embora o Marco Legal do Saneamento, aprovado em 2020, tenha estabelecido a meta de universalizar o serviço até 2033, o Brasil ainda enfrenta desafios para cumprir esse objetivo. Atualmente, cerca de 33 milhões de brasileiros não têm acesso à água tratada, e quase 100 milhões vivem sem coleta de esgoto.
Diante desse cenário, especialistas reforçam a necessidade de investimentos e políticas públicas eficazes para garantir o acesso universal ao saneamento e reduzir os impactos na saúde da população.