Hoje, dia 25 de outubro, celebra-se o Dia do Dentista e da Saúde Bucal. Dados do Conselho Federal de Odontologia (CFO), de 2023, mostram que no Brasil há mais de 400 mil cirurgiões-dentistas. Esse número, aliás, é extremamente marcante; não há outro país no mundo com mais dentistas do que o Brasil. Considerando que a população brasileira é de 203 milhões de pessoas, segundo o Censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2022, há, em média, um cirurgião-dentista para cada 503 habitantes. Dentre os Estados com mais profissionais, destacam-se São Paulo (107 mil); Minas Gerais (44 mil) e Rio de Janeiro (cerca de 35 mil).
Embora sejam números expressivos e até mesmo animadores, o Brasil, por outro lado, tem uma das maiores porcentagens de pessoas desdentadas, cerca de 16 milhões, de acordo com o IBGE.
Principais causas
A desigualdade social e o difícil acesso aos tratamentos são os principais obstáculos. Para o presidente da Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (Anadem), Raul Canal, o Governo Federal precisa criar estratégias para que cada vez mais brasileiros tenham acesso aos tratamentos odontológicos. “O Brasil, além de ter a maior quantidade de dentistas no mundo, também é reconhecido por desenvolver uma odontologia de alto nível. Portanto, é preciso criar políticas públicas que auxiliem a população e que também valorizem o trabalho desses profissionais”, afirma.
O presidente da Anadem reforça que um País que tem mais de 500 cursos superiores de odontologia registrados, sendo três universidades classificadas entre as dez melhores do mundo, de acordo com a Organização Internacional Center for World Ranking, que aponta a Universidade de São Paulo (USP) em primeiro lugar; Universidade Estadual Paulista (Unesp) em quarto; e a Universidade de Campinas (Unicamp) em quinto, não pode ter esse número tão alto de pessoas com problemas de saúde bucal. “Por outro lado, também é fundamental que as pessoas se conscientizem da importância de ir ao dentista a cada seis meses. No Sistema Único de Saúde (SUS) podem ser feitos tratamentos de maneira gratuita.”
Prevenção
Além dos dentes saudáveis, estar em dia com a saúde bucal previne o surgimento de inúmeras doenças, como cáries, mau hálito e gengivite, sendo que a perda dos dentes é o segundo fator que mais prejudica a vida das pessoas entre 45 e 70 anos. “Essa perda acaba afetando a autoestima das pessoas, contribuindo para o isolamento social, chegando a casos de depressão. Por isso, é fundamental dar a mesma atenção à saúde bucal que se dá para o restante do corpo”, ressalta o presidente da Anadem.