O Brasil registrou o terceiro pior índice de saúde mental do mundo, de acordo com um levantamento recente realizado pela International Stress Management Association (ISMA). O estudo, que analisou dados de 30 países, revelou que 63% dos brasileiros relataram ter níveis elevados de ansiedade e estresse, fatores que contribuem diretamente para o aumento de transtornos mentais, como depressão e burnout.
O relatório destacou que a pandemia da COVID-19, crise econômica, altos índices de violência e desigualdade social são os principais fatores que têm impactado negativamente a saúde mental da população. Além disso, a falta de acesso a serviços adequados de apoio psicológico e psiquiátrico agrava ainda mais o cenário.
Especialistas apontam que o Brasil ainda enfrenta um grande desafio em lidar com o estigma em torno da saúde mental, o que impede muitas pessoas de buscar tratamento. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a situação reflete a urgência de ampliar políticas públicas voltadas ao cuidado mental, como o fortalecimento da rede de apoio psicossocial e o incentivo à criação de ambientes de trabalho mais saudáveis.
O levantamento coloca o Brasil atrás apenas de países como Turquia e Índia, que ocupam o primeiro e o segundo lugar no ranking, respectivamente.
Em resposta ao crescente alerta, o Ministério da Saúde afirmou que está intensificando esforços para ampliar o acesso a tratamentos psicológicos e psiquiátricos no Sistema Único de Saúde (SUS), mas a demanda crescente ainda desafia a infraestrutura disponível.
A divulgação dos dados reacende o debate sobre a importância de priorizar o bem-estar mental como uma questão de saúde pública urgente no Brasil.