O conceito de saúde mental para a Organização Mundial da Saúde (OMS) compreende o bem-estar mental, físico e social, pois afeta todo o meio em que o indivíduo está inserido.
Conforme pesquisa realizada pelo Ranking The Mental State of the World, que mapeia a qualidade da saúde mental, o Brasil ficou entre os cinco países com pior taxa de saúde mental, e os brasileiros estão entre os que mais relatam sentir estresse. Ao todo, 71 países foram analisados.
Já de acordo com dados da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), vinculada ao SUS (Sistema Único de Saúde), em 2023, a taxa de adolescentes atendidos por transtornos de ansiedade atingiu 157 a cada 100 mil.
Educação socioemocional e demais práticas no ambiente acadêmico
Nesse sentido, a educação socioemocional é uma abordagem pedagógica que contribui para a saúde mental dos adolescentes, por meio do gerenciamento saudável das emoções.
“As Assemblies, mediadas por professores, são momentos regulares em que nossos alunos podem discutir abertamente os desafios que enfrentam, propor soluções e colaborar para melhorar o ambiente escolar. Esses encontros não apenas reforçam os valores da nossa escola, a exemplo de excelência acadêmica, respeito, integridade e coragem, como oferecem um espaço seguro para que sejam expressas preocupações. Promovem-se, assim, o suporte emocional e o senso de pertencimento”, afirmou Graciela Coracini, diretora da Land School Federação.
“Contamos, ainda, com um núcleo de psicologia dedicado exclusivamente ao cuidado das questões emocionais e de bem-estar dos nossos alunos. Estamos constantemente engajados em discussões sobre como criar e manter um ambiente seguro e acolhedor, no qual os adolescentes possam se sentir verdadeiramente apoiados e compreendidos”, complementou Lucas Stasi, vice-diretor e coordenador pedagógico do ensino médio da Land School Federação.
A prática esportiva também proporciona diversos benefícios à saúde mental dos alunos, como a liberação de hormônios, que promovem o bem-estar e aumentam a sensação de felicidade. Isso auxilia na redução do estresse e no controle da ansiedade.
Entre as modalidades mais procuradas estão beach tennis, flag football, jazz, vôlei e basquete. “O trabalho em equipe melhora a concentração e o foco e pode aumentar o desempenho acadêmico. Essas experiências também permitem aos adolescentes assumir papéis de liderança, aprender sobre responsabilidades e a importância de enfrentar desafios, promovendo a resiliência emocional, fundamental para o crescimento e o desenvolvimento integral e para o sucesso tanto pessoal quanto profissional”, ressaltou Fabiana Abreu, coordenadora de esportes da Land School Federação.
A música e as artes são outras alternativas que contribuem significativamente para a saúde mental de um indivíduo e são oferecidas como atividades extracurriculares na Land School Federação. Ambas estão associadas à redução do estresse, da ansiedade e da depressão. Elas ajudam, ainda, a aumentar autoestima, autoaceitação e autoconfiança. Além disso, auxiliam na compreensão e na comunicação de conceitos e emoções, estimulando todos os sentidos e até mesmo a capacidade de empatia.
Cuidados no ambiente familiar
A família também exerce um papel essencial para promover diálogo e conscientização constantes sobre a relevância da saúde mental dos adolescentes. Nesse sentido, é importante propiciar um ambiente acolhedor, respeitoso e seguro. Também é imprescindível ficar atento a atitudes, hábitos, alterações de humor e sintomas físicos dos adolescentes.
“É preciso que os pais e responsáveis estejam atentos e isso inclui estar disponível, ter uma escuta ativa e ajudar a lidar com as frustrações, incentivando hábitos saudáveis, como prática regular de exercícios físicos, alimentação balanceada, sono adequado, e momentos de lazer e relaxamento. Entre os sinais de intenso sofrimento psíquico ou mudanças de comportamento estão isolamento, alterações no apetite, nos hábitos de higiene ou no sono, tempo excessivo de uso das telas, baixo desempenho escolar, tristeza contínua, isolamento social, intensa desorganização das atividades, falas autodepreciativas e choro desproporcional às situações”, concluiu Keila Parente, psicóloga da Land School Federação.