Doar órgãos é salvar vidas. Esse foi o grande mantra da caminhada realizada neste domingo (1º), por integrantes da Central de Transplantes da Bahia, do Farol ao Cristo da Barra, em Salvador. Médicos, enfermeiros e profissionais de saúde buscaram conscientizar os pedestres e pessoas que praticavam atividades físicas. A ação, que também promoveu aferição de pressão arterial e medição de glicemia, faz parte do Setembro Verde, campanha de conscientização para a doação voluntária de órgãos.
Na Bahia, a recusa é grande e abrange mais de 60% das famílias de pessoas que morrem todos os dias no Estado. Já a lista de espera soma mais de 3 mil pessoas que aguardam por um transplante de rim, fígado e córneas. “Buscamos sensibilizar a população ressaltando que esse gesto salva vidas”, salienta Regina Vasconcelos, coordenadora da Central de Transplantes da Bahia, que é vinculada à Secretaria de Saúde do Estado.
Há três modalidades de transplantes: coração parado, quando doa-se córneas; intervivos, que ocorre com a cessão de um dos rins de um paciente para outro e a doação quando acontece morte cerebral de um paciente. Segundo Vasconcelos, é preciso que as famílias conversem sempre sobre esse assunto e as pessoas que desejam doar seus órgãos se manifestem em vida. “Um sim, além de salvar vidas, ele proporciona qualidade de vida para as pessoas”, disse.
Na Bahia, são realizados transplantes de fígado (Hospital São Rafael), rim (Hospital Ana Nery) e Roberto Santos, Português, Aliança, Cárdio Pulmonar, além de unidades em Vitória da Conquista e Feira de Santana.