O controle do consumo de proteínas é fundamental na dieta de pacientes com doença renal crônica, pois afeta diretamente a progressão da doença e a saúde geral do paciente. Os portadores desse tipo de doença frequentemente enfrentam restrições dietéticas específicas devido à dificuldade do rim em filtrar resíduos tóxicos, incluindo as proteínas.
“A ingestão equilibrada de proteínas é essencial no manejo nutricional de pacientes renais, tanto aqueles em diálise quanto os em tratamento conservador”, explica Thays Mortaia, coordenadora de Nutrição na DaVita Tratamento Renal. “São macronutrientes que desempenham papeis fundamentais, principalmente no fortalecimento do sistema imunológico”, complementa.
Para os pacientes que estão em terapia renal, ou seja, em diálise, é recomendada uma ingestão com uma quantidade maior de proteínas, para compensar as perdas que ocorrem durante o procedimento dialítico. “Orientamos sempre a inclusão de fontes de proteínas de alto valor biológico, como carnes magras, peixes, ovos, leite, iogurtes e queijo, bem como proteínas vegetais provenientes de feijões, ervilha, lentilha e tofu”, afirma Mortaia.
No tratamento conservador e estágios mais avançados, onde o paciente ainda não iniciou a diálise, médicos e nutricionistas podem restringir a quantidade de proteínas para retardar a progressão da doença e reduzir o risco de complicações como a uremia, caracterizada pelo aumento da ureia no sangue. Nessas situações, a ingestão proteica deve ser ajustada conforme o estágio da doença renal, sendo indispensável atendimento especializado para o planejamento dietético adequado.
No entanto, deve-se equilibrar a restrição de proteínas para garantir que o paciente ainda receba aminoácidos essenciais que contribuem para manutenção e recuperação do estado nutricional e aumento da expectativa de vida.
Portanto, o consumo adequado de proteínas pelo paciente renal deve ser personalizado e ajustado com base nas orientações nutricionais específicas, visando estabilizar a função renal, podendo retardar a progressão da doença e promover qualidade de vida.