Maio é um mês de conscientização sobre as hepatites B e C, destacando sua relação com o câncer de fígado. A American Cancer Society aponta que a incidência desse tipo de câncer triplicou desde 1980, com taxas de mortalidade dobrando no mesmo período. Anualmente, cerca de 800 mil pessoas recebem esse diagnóstico globalmente. No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima cerca de 10.700 casos anuais entre 2023 e 2025.
As hepatites B e C, principais causas do câncer de fígado, também podem levar à cirrose hepática, substituindo o tecido funcional por cicatrizes. Dr. Artur Rodrigues Ferreira, oncologista do Grupo Oncoclínicas, explica que a transmissão ocorre por contato sexual sem preservativo, transfusões de sangue e compartilhamento de objetos contaminados. A vacina contra a hepatite B é oferecida gratuitamente pelo SUS, e tratamentos modernos para a hepatite C, também disponíveis, apresentam uma taxa de cura de 90%.
Além das hepatites, outros fatores de risco incluem cirrose, doenças hereditárias como hemocromatose e doença de Wilson, diabetes, doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA), exposição a aflatoxinas e consumo excessivo de álcool. O tipo de câncer de fígado mais comum é o carcinoma hepatocelular, que afeta principalmente quem tem doenças hepáticas crônicas, como cirrose. Outros tipos incluem colangiocarcinoma, hepatoblastoma e angiossarcoma.
Dr. Ferreira ressalta que nem todos os casos de hepatite resultam em câncer, mas prevenir a infecção é crucial. Sinais como perda de peso inexplicada, náusea, dor abdominal e icterícia devem ser monitorados. Para diagnóstico, os médicos podem solicitar exames laboratoriais, de imagem, biópsia e, em casos específicos, cirurgia laparoscópica.
Maio destaca a conscientização sobre as hepatites B e C, que podem resultar em câncer de fígado. Cerca de 800 mil pessoas são diagnosticadas anualmente em todo o mundo, e no Brasil, espera-se 10.700 novos casos entre 2023 e 2025. As hepatites são as principais causas da doença, mas outros fatores como cirrose, doenças hereditárias e álcool excessivo também desempenham um papel. Embora a doença seja silenciosa nos estágios iniciais, sinais como perda de peso, dor abdominal e icterícia podem surgir mais tarde. O diagnóstico envolve exames laboratoriais, de imagem e biópsia.