Após as enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul recentemente, cresce a preocupação com doenças como leptospirose, tétano e hepatite A. A leptospirose é causada pela bactéria Leptospira, encontrada na urina de roedores e que pode ser contraída ao entrar em contato com água ou solo contaminado.
Juliana Demarchi, coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Lajeado (RS), uma das cidades mais afetadas, explica que a movimentação das águas facilita a exposição da população à bactéria, mesmo sem lesões na pele. Ela ressalta que a exposição prolongada à água pode enfraquecer a barreira natural da pele, facilitando a infecção.
Para evitar contaminações durante a limpeza de casas e comércios, recomenda-se o uso de botas, luvas ou sacos plásticos e evitar a exposição prolongada das mãos e pés à água.
Juliana alerta que, embora não tenha havido um aumento significativo de casos durante as cheias do ano anterior, espera-se que a leptospirose possa surgir após as recentes enchentes devido à sua escala maior. A Vigilância Epidemiológica está monitorando ativamente a situação e fornecendo assistência médica preventiva.
Os sintomas iniciais da leptospirose incluem febre, dores musculares e conjuntivite. Os sinais mais graves, que surgem na segunda semana, incluem tosse, hemorragias e insuficiência renal. O tratamento deve começar imediatamente após o surgimento dos sintomas.
As autoridades recomendam quimioprofilaxia para equipes de socorro e voluntários expostos prolongadamente à água da enchente. Além disso, destaca-se a necessidade de prevenção contra o tétano e a hepatite A, incentivando a vacinação e o consumo seguro de alimentos e água.
O Ministério da Saúde também alerta para o risco de acidentes com animais peçonhentos, que podem proliferar nas áreas alagadas. O atendimento médico urgente é fundamental para avaliar a necessidade de soro antiveneno.
As enchentes no Rio Grande do Sul aumentam o risco de doenças como leptospirose, tétano e hepatite A. A Vigilância Epidemiológica recomenda o uso de equipamentos de proteção durante a limpeza das casas e orienta sobre a necessidade de tratamento precoce para sintomas da leptospirose. Além disso, é crucial evitar consumir alimentos contaminados e garantir a vacinação contra o tétano. O Ministério da Saúde também alerta para acidentes com animais peçonhentos, que podem proliferar nas áreas alagadas.