Com a proximidade de diversos eventos públicos, costumeiros do verão de Salvador, a prefeitura ligou o sinal de alerta em meio a forte onda de calor que atinge diversos estados do Brasil nas últimas semana e começa a preparar um plano de contigência para evitar problemas de saúde na população. A preocupação acontece também pela morte de uma fã durante um show no Rio de Janeiro.
De acordo com a vice-prefeita e secretária de Saúde, Ana Paula Matos (PDT), o prefeito Bruno Reis (União Brasil) solicitou a criação do plano de contigência para lidar com a onda de calor. O pedido acontece em meio a altas temperaturas registradas por alguns estados, perto ou acima de 40°C neste mês de outubro. Salvador, no entanto, não foi atingida e segue com temperaturas dentro do normal climatológico.
“O prefeito está totalmente atento e despachou comigo ontem sobre o assunto. Pediu um plano de contigência que iremos desenvolver em conjunto. Me pediu para verificar como os outros estados estão lidando e ainda está em fase de estudo. Hoje não estamos nesse ambiente em Salvador que necessite (de medida). Também temos que ter cuidado com os recursos públicos, de gastar o que é necessário. Para os eventos de Reveillón, Carnaval, se for necessário, ter o plano de contigência, mas pelas temperaturas atuais de Salvador, não é necessário”, declarou Ana Paulo à imprensa nesta terça-feira, 21.
“Na saúde, estamos avaliando questões epidemiológicas, se tem aumento nas unidades de casos de insolação, de desidratação e ainda não identificamos. Em Salvador não chegou e estamos nessa avaliação prévia de organização, mas nossos indíces ainda não são para tantos. Como a gente está vendo acontecer com os nossos vizinhos, a gente se organiza e se prepara. Hoje é verificar o que a gente já tem, quais são as perspectivas e, se necessário, fazer para a população naquilo que couber, como em momento de concentração de pessoas”, acrescentou a vice-prefeita e secretária.
Calor vai piorar
O Brasil é um dos países mais afetados pelo El Niño, que se traduz principalmente nas tempestades registradas no Sul e nas secas intensas no Norte e Nordeste. O fenômeno ocorre irregularmente, em média a cada 3 ou 4 anos, em que a distribuição de temperatura nas águas superficiais do Pacífico se altera, com consequências no clima do mundo inteiro.
A previsão é que a onda de calor que vem assolando diversos estados brasileiros deve se intensificar a partir do mês de dezembro devido a fusão de um El Niño muito forte agravado pelo aquecimento global.
A Organização Mundial de Meteorologia (OMM) ainda aponta que 2023 está sendo o ano mais quente dos últimos 125 mil anos e nos últimos 30 dias o clima extremo deve se agravar com uma onda de calor no Centro-Oeste, Sudeste e parte do Nordeste. Além disso, deve haver seca no Norte e fortes tempestades no Sul.
Com informações do jornal a tarde